Desde 2003, Ceará-Mirim improvisa as unidades Municipal e Estadual em propriedades alugadas e impróprias
Estudantes, pais e trabalhadores em
Educação de Ceará-Mirim estão preparando um ato público a ser realizado
no dia 2, às 15h, no prédio abandonado da Escola Municipal Augusto
Xavier de Góes. Enquanto em São Paulo está sendo travada uma luta para
que não se feche cerca de uma centena de escolas, no interior do Rio
Grande do Norte, onde muitas vezes a população só tem uma única opção de
unidade escolar, o problema aparenta ser ainda mais grave. O ato
pretende chamar atenção para o sucateamento da Educação em Muriú,
povoado de Ceará-Mirim, onde a situação das escolas públicas caminha
para um desastre. VÍDEO AQUI
A princípio as escolas funcionavam no
mesmo prédio (durante o dia funcionava a Escola Municipal e à noite a
Escola Estadual). Em 2003, por questões políticas, a Estadual saiu desse
prédio passando a funcionar numa casa alugada, pertencente na época a
então vereadora Graças Freitas (PR). Desde então Muriú é cercada de
promessas, em período eleitoral, sobre a construção da Escola Municipal,
tanto por parte da ex-prefeita Edinólia Melo (PMDB), quanto pelo atual
Prefeito Antonio Peixoto (PR).
No ultimo ano de gestão daquela
prefeita, os alicerces do que seria a então nova Escola Municipal
chegaram ser postos (hoje no terreno está edificada a quadra coberta).
Em 2011, o conselho escolar da unidade Municipal reuniu-se com a
Secretaria de Educação e apresentou os problemas da estrutura física do
prédio. O acordado entre as partes foi transferir a Escola para um outro
local até que a Prefeitura tomasse uma posição sobre o que seria feito:
reforma ou demolição, seguido de construção de novo prédio. Assim, a
Escola passou a funcionar numa casa adaptada, sem condições mínimas para
o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
Em 2013, diante de algumas medidas
adotadas pela Secretaria de Educação, os professores juntamente com os
pais se organizaram no intuito de barrar a ofensiva da Secretaria, com o
apoio do Sinte/RN de Ceará-Mirim (Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Rio Grande do Norte, Regional de Ceará-Mirim). Foi
organizada uma visita da comunidade escolar até a Secretaria de
Educação, onde cerca de 50 pais se voluntariaram, além de alunos e
professores. Nesse dia houve uma audiência entre a comissão da
comunidade escolar e a secretária de Educação, que se compromissou de
até o mês de dezembro de 2013 em demolir o prédio e, no primeiro
semestre de 2014, dar início à construção do novo prédio, que segundo a
secretária, o projeto já existia. Dessa audiência até hoje já se
passaram dois anos.
Já sobre a Escola Estadual, a exigência
do Governo Estadual era de um lugar para a construção da unidade, que
resultou na cessão de um terreno por parte da Prefeitura para dar início
às obras. Em 2003, quando a Escola Estadual saiu do prédio da Escola
Municipal, foi instalada numa casa alugada da então vereadora Graças
Freitas (PR), num valor na época de R$ 5 mil por mês. Em setembro de
2012, a Escola transferiu-se para outro prédio, a Pousada Silva. Então,
há 12 anos a situação da educação estadual em Muriú não se resolveu,
mesmo já tendo passado pelo governo três diferentes gestões: Vilma de
Farias (PSB), Rosalba Ciarlini (DEM) e agora Robinson Farias (PSD).
Por fim, ambas as escolas funcionam em
prédios alugados, a Municipal numa casa pertencente à ex vice-Prefeita
Graças Freitas (PR), e a Estadual em um prédio de uma pousada.
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