O Vaticano, após nove anos, atendeu ao pedido do bispo
Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a
igreja católica. Com a reconciliação, não há mais fatores impeditivos
para que o “santo popular” do interior do Ceará seja reabilitado,
beatificado ou canonizado, segundo o chanceler da diocese do Crato,
Armando Lopes Rafael, informou o G1.
Padre Cícero morreu sem conciliação com a igreja católico após o caso
conhecido como “milagre da hóstia”, no final do século XX. Segundo a
crença popular, a hóstia dada por padre Cícero virou sangue na boca de
uma beata. Segundo o bispo Dom Joaquim, o “santo popular”, interpretou
de forma equivocada a teologia e Bíblia.
Por conta dos “equívocos”, ele foi afastado da igreja católica,
explica o chanceler. “Com o perdão e reconciliação, fica entendido que
padre Cícero na verdade não errou. Todas as punições foram suspensas. A
igreja entendeu que a pregação de padre Cícero estava no caminho certo e
por isso a devoção a ele continuou crescendo durante todos esses anos”,
diz o chanceler Armando Lopes.
Padre Cícero Romão Batista é considerado “santo popular” para muitos
fiéis católicos nordestinos. Todos os anos, as romarias em homenagem a
eles atraem cerca de dois milhões de romeiros, segundo a Secretaria de
Romaria e Turismo de Juazeiro do Norte.
BLOG CEARÁ-MIRIM LIVRE
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