terça-feira, 8 de março de 2016

PONTOS TURÍSTICOS DE MARIANA/MG

    Mariana, primeira vila, primeira capital, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas Gerais. A história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas, religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, é marcada também pelo pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil Colônia. A cidade guarda relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. É um dos municípios mais importantes do Circuito do Ouro e parte integrante da Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada Real. Uma cidade tombada em 1945 como Monumento Nacional e repleta de riquezas do período em que começou a ser traçada a história de Minas Gerais.
 
 
Praça Minas Gerais em Mariana é eleita uma das 7 maravilhas da Estrada Real.
 
 
   Calçamento pé de moleque, e muro de taipa, feitos de pedras irregulares, no calçamento fazem parte do cenário de cidades históricas desde o século XVIII. O calçamento com as pedras foi feito para evitar que as tropas de mulas – carregadas de preciosidades, como ouro  – atolassem nos dias de chuva e levantassem nuvens de poeira nos dias de sol. 


   Igreja Nossa senhora do Carmo, surgiu a partir de um pequeno templo erguido em 1759. Teve suas obras iniciadas em 1783, só concluídas no século seguinte. Na fachada o escudo possui três estrelas, representando os três grandes santos carmelitas: profeta Elias, a mística Teresa d'ávila e Simão Stock. Este último, um nobre que aderiu à ordem, aparece na pintura da nave. Recebe um escapulário com a missão de espalhar no ocidente a devoção à Virgem do Carmo. A igreja foi quase completamente destruída por um incêndio em janeiro de 1999, quando sua restauração total estava prestes a ser concluída. O teto, pintado pelo famoso mestre Francisco Xavier Carneiro, desabou. O altar-mor não foi consumido pelas chamas. A fachada, o telhado e as paredes internas foram recuperadas, minimizando a perda irreparável das pinturas.
 
 
   Igreja São Francisco de Assis, na igreja estão os restos mortais de Mestre Ataíde (sepultura 94, no chão), nascido em Mariana. São do artista as pinturas da nave e da sacristia, além das três imagens da Paixão (tabernáculo, altar-mor e altar de Santa Isabel). Os púlpitos em pedra-sabão são atribuídos a Aleijadinho, que deixou clara sua influência nas sineiras e risco da fachada. Sua construção se estendeu de 1762 a 1794 e contou com a participação do mestre de obras José Pereira Arouca.


   Casa de Câmara e Cadeia erguida entre 1768 e 1798, para abrigar a Câmara no pavimento superior e a Cadeia no inferior, segundo costume do período colonial. é a atual sede da Prefeitura e da Câmara Municipal de Mariana. O local, além de centro político, funcionou como casa de fundição de ouro e senzala. Apresenta expressivos trabalhos em cantaria e alvenaria de pedra - portais e cimalhas, além da escada e outros elementos ornamentais. Nos fundos, abriga uma capela erigida originariamente em devoção a Nosso Senhor dos Passos.
 
Casas da praça Minas Gerais.


   Pelourinho, estas construções serviam como Marcos de Jurisdição. Neles eram castigados os infratores. O pelourinho original de Mariana foi executado por José Moreira Matos em 1750 e demolido em 1871. O atual foi construído na década de 1970. Tem no alto um globo simbolizando as conquistas marítimas portuguesas. O braço esquerdo sustenta uma balança, representando a justiça. O direito segura uma espada, ou seja, a condenação. Ao centro está o Brasão Português.


   Casa lado da igreja são Francisco, belíssimo exemplar da casa colonial portuguesa, bem cuidada e restaurada não passa despercebido para quem desce a rua em direção a Praça Gomes freire.
 
 
   Chafariz em pedra sabão nos fundos da atual sede da Prefeitura e da Câmara Municipal de Mariana. O local, além de centro político, funcionou como casa de fundição de ouro e senzala.


   A Praça Minas Gerais é a maior atração de Mariana e impressiona pelo conjunto de três belas construções: a Igreja São Francisco de Assis, a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Casa de Câmara e Cadeia. Chama especial atenção as duas igrejas construídas tão próximas e em estilos parecidos, por terem sido levantadas praticamente ao mesmo tempo, na segunda metade do século 18.
 
 
   Talude de contenção e nivelamento das curvas de nível, o que torna a praça minas gerais plana com leve declínio, eu imagino que na época de sua construção tudo isso foi terraplanado por escravos.


   Casa Conde de Assumar  nela residiu D. Pedro de Almeida, o Conde de Assumar, governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro entre 1717 e 1720. Na revolta de mineradores, conhecida como Sedição de Vila Rica, o prédio serviu como local de articulações e resistência. O líder do motim, Felipe dos Santos, foi cruelmente morto em Vila Rica (atual Ouro Preto). A casa depois abrigou D. Frei Manuel da Cruz, o primeiro bispo de Mariana.
 
 
   Conjunto de casarios e torres sineiras comuns nas paisagens dos centros históricos das cidades coloniais barrocas.


   Chafariz São Francisco, sólida construção bem ao lado da Praça Gomes Freire, antigo reduto da elite marianense. Vizinho a ele está a casa que pertenceu ao Conde de Assumar e depois ao primeiro bispo de Mariana. Sua arquitetura bem trabalhada denota sua importância, simbolizada também pela coroa e brasão esculpidos no frontão.
 
 
   Praça Gomes Freire, um dos locais mais agradáveis de Mariana, cercado por casario do século XVIII. O lugar era antigamente utilizado para cavalhadas e touradas, festas religiosas e reais. Ainda existe um bebedouro para os animais, construído no governo do Conde de Assumar.
 
 
   Coreto de 1937 na cor original depois de uma grande reforma, tom ocre colonial nas paredes, com os pilares na cor azul e a pintura interna no tom branco encanta ainda mais quem visita a praça Gomes Freire.


Casa de Cultura, Primeira Intendência de Minas Gerais.
 
 
   O Hotel Central está localizado no centro de Mariana em frente à Praça Gomes Freire, o prédio colonial nos transporta para o século passado mais como somos contemporâneos o hotel oferece estacionamento para seus clientes, além de café da manhã e internet.
 
 
   Rua Direita, principal rua da Cidade, com o mais belo e completo conjunto arquitetônico de Casas Coloniais de Minas. Destaque para a Casa Setecentista, atual sede do IPHAN, e para a antiga residência do Barão do Pontal, única no mundo com sacadas rendilhadas em pedra sabão.


   Igreja Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção (Catedral Basílica da Sé), um dos mais antigos templos da cidade, teve sua construção iniciada em 1709 e concluída em 1750. Em 1745, com a instituição do Bispado de Mariana, passou à Catedral. A Igreja Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção apresenta partido arquitetônico de todas as fases do estilo de arte barroca, sendo a primeira fase do Barroco Mineiro que é compreendida como estilo Nacional Português, a segunda fase é nomeada como estilo Dom João V ou estilo Joanino, a terceira fase, coincide com estilo Rococó ou estilo Luís XV, já a quarta e ultima fase do Barroco Mineiro é conhecida como estilo Neoclássico.




   As casas dos mais pobres não tinham eiras nem beiras (detalhe na fachada das casas, próximo ao telhado), já os mais ricos a tinham, além das eiras, beiras (e até tribeiras). Não ter eira nem beira significava ser pobre, não ter posses.


   Casa Barão de Pontal, possui uma preciosidade, as sacadas rendilhadas em pedra-sabão, únicas em Minas Gerais e talvez no Brasil. Foi residência de Manoel Inácio de Melo e Sousa, Barão de Pontal, deputado e presidente da província de Minas Gerais de 1831 a 1833.


   Inversão de cor nesta Casa; Ela deve ter sido pintada recentemente e fugiu dos olhares do IPHAN, O Barroco no Brasil foi o estilo artístico dominante durante a maior parte do período, os olhos se confundem com a mesmice das cores nos casarões rurais e urbanos desta época, onde as fachadas deveriam ter acabamento, ser brancas caiadas com detalhes nas janelas em azul, vermelho e amarelo; até dá pra aceitar tendo em consideração que a pigmentação se resumia a poucas cores primarias da época.
 
 
   Casa comercial nas esquinas da rua Direita com a rua Dom Silvério, um das a esquinas mais movimentada do centro histórico de Mariana.


   Rua Direita toda cidade antiga tem uma rua Direita que é a rua que vai dar direto na igreja Matriz ou a um marco importante da cidade.  Nesta rua é onde todo o fervor comercial acontece, uma das ruas mais  movimentadas  do centro de Mariana.


   Pontilhão Colonial - Viaduto nas esquinas das ruas Gloria e Rua do Catete bem na entrada do centro histórico, foi construído por escravos no inicio do século XVIII, com sobreposição e encaixe de pedras retiradas dos morros próximos.
 
 
    ...Nesse contexto, nasceu em Mariana, no ano de 1901, a Sociedade Musical União XV de Novembro... No século XIX, a maioria das vilas ou arraiais mineiros possuíam a sua própria Banda de Música. Minas Gerais era uma região bastante populosa e com atividade musical muito intensa devido à forte presença religiosa associada à tradição dos grupos musicais da região. Caracterizadas pela forma dada pela identidade étnica ou profissional dos seus integrantes, as bandas de música se identificaram também pelos mecanismos de solidariedade desenvolvidos no interior dos grupos. Atuando como corporações reguladas por um estatuto, com objetivos filantrópicos ou assistencialistas, vinculadas à Igreja ou aos Partidos Políticos, sempre mantiveram caráter solidário.


   Detalhe da religiosidade e da influencia da igreja, até nas casas civis alguns dos detalhes mais marcantes ficavam a cargo das capelinhas de santos de devoção.


    Centro Arquidiocesano de Mariana, coube à Ordem Terceira de São Francisco a iniciativa da construção de sua própria igreja, através de licença concedida por D. Frei Manuel da Cruz, em 1761. Em 1777 estavam concluídas a capela-mor, a sacristia e a casa do noviciado.
 
 
   O Hotel Providência foi fundado pelas Irmãs Vicentinas, com o objetivo de proporcionar hospedagem confortável e segura aos muitos visitantes da região. Unindo tradição e modernidade, a construção do Hotel Providência é uma das mais bonitas da cidade de Mariana. O prédio data de 1849, tendo sido reformado em 1999, quando foi totalmente restaurado, preservando entretanto seu charme original. Entre estes detalhes, destacam-se as madeiras importadas da França na época da construção, ainda hoje em perfeito estado de conservação.
 
 


Rua cônego Rego com a rua Dom Silvério, o prémio pela subida e a vista panorâmica da cidade.



   Igreja Nossa Senhora dos Anjos, arquiconfraria de São Francisco dos Cordões, formada por negros e pardos foi criada por D.Frei Domingos Pontevel, em 1780. O frontispício é marcado por seus três planos.

 
 
   Vista ao fundo o Pico do Itacolomi, embora muitos acreditem que o pico fica em Ouro Preto, na verdade ele pertence à Mariana. A formação rochosa (1752m) serviu como ponto de referência para os bandeirantes. Um dos primeiros a chegar aos pés do Itacolomi, no aurífero Vale do Tripuí, foi Antônio Dias em 1698, vindo de Taubaté. A notícia correu rapidamente e levas de aventureiros se dirigiam àquela mítica montanha, usando para isso vagas instruções geográficas. Levou um certo tempo para que conseguissem finalmente encontrar o pico, até então mais um cume perdido no mar montanhoso de Minas. Hoje o Parque Estadual do Itacolomi (com matéria já publicada na Revista Idas Brasil) preserva este marco da conquista do ouro, proporcionando aos visitantes curiosa vegetação, vales, rios, formações rochosas e panorâmicas de tirar o fôlego.


   Igreja Nossa Senhora das Mercês, do século XVIII (1787). Assim como a Igreja do Rosário, foi construída por uma irmandade de homens pretos.


   Vila Santa Luiza de Marillac é uma construção Composta originalmente por 12 casas, A chamada “Casas dos Pobres” construção de 1938. 
 
 
O objetivo da Vila é abrigar idosas que não têm onde morar.
 
 

Nesta casa morou o Mestre Manuel da Costa Ataíde – grande pintor sacro Marianense (1762-1830).


   Chafariz São Pedro, localizado no Largo de São Pedro, próximo a esta igreja. Os chafarizes eram pontos de encontro da população, uma vez que representavam a maneira mais prática de se obter água naquela época. O movimento durante todo o dia era intenso. O de São Pedro tem linhas rústicas, denunciando que fora mais utilizado pelas pessoas comuns e menos abastadas.


   Rua Dom Silvério, uma bucólica rua de inicio na praça Minas gerais até o largo de são Pedro, em todos os níveis da rua a visão é surpreendente, cada passo somos surpreendidos pela beleza panorâmica de Mariana ou pelos detalhes dos seus casarios.


   Igreja São Pedro dos Clérigos, é bem perceptível a influência italiana nessa igreja da segunda metade do século XVIII. O traçado poligonal e ovalado marcam bem esta característica. Não se sabe quem foi o autor e executor do projeto. Suas obras permaneceram paralisadas por mais de um século. O exterior é imponente e se encaixa perfeitamente no conjunto paisagístico ao seu redor. O interior é bem simples e teve seu acervo de artes sacras transferido para o Museu Arquidiocesano. Merece destaque o altar-mor em cedro e um dos maiores santos-do-pau-oco de Minas. Da torre se tem uma bela vista de Mariana. A subida é permitida.
 
 
    Muro de Taipas encontrada no período colonial brasileiro é executado com terra, pedra, e alguns agregados de liga, geralmente retirada de local próximo as obras. Resultava em muros ou paredes de grande largura, podendo atingir alturas superiores a 4 metros, tecnologia do período barroco para contenções e proteção de casas e terrenos.


   Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, prédio do século XVIII, um dos principais Museus do Brasil em arte sacra. Obras do Aleijadinho, Francisco Xavier de Brito e do mestre Athayde. O Museu Arquidiocesano de Arte Sacra possui rico acervo em mobiliário, objetos de prata e ouro.
 
 
   Mina da Passagem, maior Mina de Ouro aberta a visitação do mundo, a Mina da Passagem guarda segredos e mistérios que encantam a todos. A descida para as galerias subterrâneas se faz de modo incomum, através de um trolley, que chega a 315m de extensão e 120m de profundidade, onde se vê um maravilhoso lago natural. O cenário do interior da mina impressiona a todos. A temperatura é estável o ano todo, entre 17 a 20 graus Celsius. Desde a sua fundação no início do século XVIII, foram retiradas aproximadamente 35 toneladas de ouro.
 
 
   Recepção do parque, Só desta mina foram retiradas aproximadamente 35 toneladas do precioso metal, desde o início de suas atividades, na primeira metade do século XIX, até 1984.


   Entrada da mina, o que se lê nos livros sobre a exploração do ouro em Minas Gerais pode ser visualizado na Mina da Passagem. Visitá-la é como viajar pela história, vivenciando a saga e a sina perigosa dos homens que procuravam pelo ouro no interior das montanhas mineiras.


   Exposição permanente das maquinas e equipamentos antigos que foram usados na época em que a mina estava em atividade, antes da descida da mina.


   Um pequeno trolley (espécie de vagão com bancos), usado pelos mineiros na época da exploração do ouro, leva o turista a mais de 120 metros de profundidade.


   Possui amplos salões, 30 quilômetros de túneis e lagos subterrâneos de águas cristalinas, onde é praticado o mergulho em caverna.


   Galerias de visita, onde o trenzinho estaciona para uma aula de historia contada por monitores que descem com os turistas até aqui embaixo, a permissão de subida e autorizada por radio, pois o trenzinho não faz curva desce e sobre içado por cabos deslizando sobre um gabarito de ferro.


    Vista Geral da cidade, vale lembrar que Mariana foi a primeira cidade  planejada e a primeira capital de Minas Gerais. Foto próximo à igreja de São Pedro dos Clérigos.
 
 
   Mariana conserva muitas belezas arquitetônicas e históricas, com igrejas, Museus e o seu casario secular, o centro histórico foi o que mais me surpreendeu claro que eu a todo  momento me deparava com uma coisa nova para minha surpresa, mais para pessoas que não são tão ligados a arte, arquitetura ou historia ela parece muito parecida com as ouras cidades barroca brasileiras. A cidade não tem o charme e a fama da vizinha Ouro Preto, distante apenas 12 km, nem está tão bem conservada, mais como eu falei Mariana surpreende sim não pelo fato de já ser a capital mais pelo seu urbanismo barroco diferenciado, com um traçado com ruas retas e praças retangulares, seguindo os preceitos modernos, o que ajuda no passeio a pé, já que dá para fazer todo o centro histórico caminhando. O que ainda pode ser notado é que Mariana no primeiro momento parece mais uma cidade histórica normal do interior do Brasil; é preciso caminhar nas suas ruas para ver seu diferencial.

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